domingo, 19 de setembro de 2010

19 de setembro de 2010

Senti tuas mãos em meu corpo, teus beijos me enchendo de fogo. Teus lábios como flores suaves que me fizeram voar e sentir as estrelas em veias, artérias e coração. Com você, fui universo, sóis e luas. Fui tudo. Tuas palavras me fizeram vibrar a um único compasso de alma com as cordas de vida de outros mundos, de mim mesma, de você... Será que sentes minha alma na tua? Será que sentes esta força que nos uniu? Não ouso dar nove porque aprendi a soar os sons divinos. Curiosa para saber como trouxeste esta sensação de flutuar das galáxias distantes.
O que eu desejo? Ver-te! Teus olhos mansos a me encarar. Tua voz gentil a me encantar. É uma saudade de água doce, uma vontade de mergulhar em ti para sempre como em dias de verão quente em que as sereias convidam para nadar. Tu és meus dias de inverno em que me recolho no vento e o vento é o que nos une. Tu és filho do frio e eu do que renasce e, ainda assim, encontramos um ao outro conforme era para ser, tão acima das nuvens, onde eu gostaria de morar. Virias comigo?
Convido-te ao mundo que trago em mim: às vezes, tempestades; às vezes, flores no campo. Queres tentar? Aceite ou não, tu és o que me deu vida e não ouso dizer o que senti porque meu coração palpita de coloridos arco-íris.
Teu coração palpita como o meu? Sei de mim que senti tua alma e tuas palavras de tal modo que desejo nada mais! Volta logo, doce vento beijo camomila. Deixa eu sentir tua alma de novo sobre a minha e, assim, unindo almas e corpos como Eros e Psique. Agora, ouso te dizer que naquele encontro (acho que não se lembra) consigo dizer: eu te amo por tudo e mais que me deste que nem mesmo saibas o bem que fizeste. Por isso, quero fazer-te bem também. Peça o que quiseres que voarei às estrelas por ti, tão imenso bem fizeste. Entenda, este amor é de agradecimento porque minha alma limpou como a terra seca que recebe a chuva. Teu desejo foi minha chuva perfeita. As sementes da minha alma romperam a terra, o tronco cresceu com galhos e folhas e tu proporcionaste que me enchesse de flores. Ao invés de tufões, agora, sopro brisas. Sinto que onde piso, tem flores.
Acho que já não faço sentido mas minha alma morreu tantas vezes que pensei que fosse permanecer no Hades para todo sempre. Diferente de Orfeu, tu resgataste o que eu tinha perdido. Não me importa se para sempre ou não! Sei que as feridas sumiram e pararam de doer. Agradeço-te, então, pelos presentes.